A Incontinência Urinária (IU) é uma condição que afeta grande parte da população mundial, especialmente a feminina. Nos Estados Unidos da América, aproximadamente 13 milhões de adultos já vivenciaram algum episódio de IU, entre os quais, 11 milhões (85%) são mulheres. Os problemas urinários não são consequências naturais da idade e tampouco, distúrbios exclusivos do envelhecimento (LOPES; HIGA, 2006).
A International Continence Society (ICS) recentemente alterou a definição de IU para “perda involuntária de urina em quantidade e frequência suficientes para causar um problema social ou higiênico”, valorizando com isso, a queixa do paciente (LOPES; HIGA, 2006).
As repercussões no estilo de vida das mulheres com IU são numerosas. Normalmente elas sofrem com transtornos físicos, econômicos, psicossociais, que levam a restrições das atividades no lar, perda da confiança em si, vergonha e medo de apresentar um episódio em público, evitando assim participar de eventos sociais com amigos e familiares, frustrações e limitações no desenvolvimento do trabalho profissional e disfunção sexual (LIFFORD, 2008). A principal restrição referida pelas mulheres com incontinência urinária mista e incontinência urinária de esforço foi relativa à atividade sexual, sendo que na incontinência urinária de urgência, foi mais frequente a restrição nas atividades sociais (DUARTE, 2007).
Apenas 5,8% das mulheres com IU procuram atendimento médico e, dentre estas, 47% consultam o clínico geral; 57% o ginecologista e 23% o urologista (LOPES; HIGA, 2006).