quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Incontinencia Urinária

Conheça um pouco mais sobre o tema com o texto da nossa colaboradora Rita Kátia Scupino que é Especialista em Fisioterapia Uroginecológica

A Fisioterapia Uroginecológica dispõe de técnicas e recursos que têm por objetivo prevenir e tratar problemas no assoalho pélvico (incontinência urinária e fecal, dores pélvicas, disfunções sexuais, pré e pós parto, constipação intestinal e pré e pós operatório) .

Atua inicialmente promovendo uma conscientização corporal, pois para muitas mulheres o assoalho pélvico é uma região desconhecida e cercada de tabus.

O assoalho pélvico ou períneo é um conjunto de músculos, ligamentos e fáscias que tem por função o fechamento da uretra, da vagina e do ânus para que não ocorra uma perda involuntária de urina (incontinência urinária) ou de fezes (incontinência fecal). Essa musculatura também sustenta as vísceras para que não ocorra uma queda de bexiga, por exemplo, e tem importante atuação na função sexual.

Segundo a International Continence Society (2009), o treinamento da musculatura do assoalho pélvico deve ser oferecido como primeira linha no tratamento conservador para mulheres com incontinência urinária. A incontinência urinária está presente na população em idade produtiva, que passa a viver com o dilema do odor e desconforto, afetando a qualidade de vida e é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo, pois sua prevalência e incidência são altas e suas causas podem ser multifatoriais podendo mascarar diversas patologias (MARQUES e FREITAS, 2005). Na III Conferencia Internacional de Incontinência, que ocorreu em Paris no ano de 2005, a incontinência urinária foi considerada o terceiro maior problema de saúde pública (SELEME, 2006).

A incontinência fecal também causa uma queda importante na qualidade de vida podendo levar ao isolamento social e depressão. É mais freqüente na população feminina, tornando-se mais prevalente com o aumento da idade. É comum a associação entre incontinência urinária e fecal e uma prevalência de 20% foi descrita (FIALKOW e col., 2003). A prevalência da incontinência fecal é subestimada provavelmente pela dificuldade dos pacientes em relatar seu problema tanto pelo constrangimento quanto desconhecimento das possibilidades terapêuticas (FERREIRA e col., 2010)

Segundo a Organização Mundial de Saúde o sexo juntamente com o trabalho, a família e o lazer são indicadores de qualidade de vida. Algumas disfunções sexuais como, por exemplo, vaginismo, dor durante a relação sexual, falta de orgasmo podem ser tratadas pela Fisioterapia Uroginecológica em conjunto com a equipe multidiciplinar. Após cuidadosa avaliação são escolhidos os recursos que melhor promoverão a conscientização, o fortalecimento e a melhora da qualidade muscular do assoalho pélvico.

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