terça-feira, 30 de março de 2010

BELEZA EXCESSIVA NA TERCEIRA IDADE

Mulheres idosas e meios alternativos para compensar os sintomas normais da terceira idade

A terceira idade, normalmente, é o período onde as pessoas tendem a sofrer diversas mudanças, sejam elas, físicas ou emocionais. O fato é que, pelo menos do lado feminino, ocorrem alterações hormonais que acabam criando certas situações onde a mulher idosa, acaba sentindo-se indesejável.


Mudanças no corpo e no comportamento, dificuldades para realizar tarefas diárias da casa ou no trabalho, entre outras circunstâncias, acabam fazendo com que a mulher sinta vergonha de si mesma, ocasionando alguns sintomas de depressão (que acabam sendo impulsionados também pela redução dos hormônios).

O fato é que devido a esses fatores, como alternativa, as mulheres acabam procurando apenas tratamentos médicos, ao invés de recorrer também a um psicoterapeuta, o que seria o mais correto. Na verdade, em alguns casos, abusam de remédios anti depressivos e recorrem a cirurgias plásticas para recuperar a auto-estima, acreditando que somente transformações na aparência física possam solucionar os seus problemas.

Segundo a médica ginecologista geriátrica e sexóloga Ângela Carvalho, os problemas do envelhecimento feminino têm início na época da menopausa, onde tanto as alterações físicas quanto a associação direta que as pessoas fazem deste período com a entrada na velhice, interferem no bem estar físico e emocional das mulheres. A medicina estética oferece atualmente diversos recursos, com resultados bastante positivos, no entanto, a utilização dessas técnicas sem a devida orientação e planejamento pode levar a conseqüências desastrosas, independente de qual seja o efeito, nunca terá uma resposta realmente significativa, o que acaba causando certa frustração, piorando os sintomas depressivos. Como exemplo podemos citar o famoso preenchimento dos lábios e plásticas de face, que tornam a pessoa irreconhecível e com aparência artificial, comenta Ângela.

Uma forma de influência indireta e muitas vezes, imperceptível, é a mensagem que a mídia passa através de programas de entretenimento, comerciais ou revistas de moda, utilizando sempre mulheres muito mais jovens para papeis de mulheres mais maduras. Um exemplo marcante são as propagandas de cremes e tratamentos milagrosos contra rugas e sintomas da velhice. Por que apesar de existirem mulheres belíssimas com mais de 50 anos, o marketing comercial não mostra ao seu público a imagem de uma mulher com traços de envelhecimento, mas nem por isso menos atraente?

De certa forma, o ideal é procurar avaliar as questões da passagem do tempo com muita cautela, muitas vezes há necessidade de acompanhamento psicoterapêutico, e a ginecologista geriátrica ainda finaliza: O grande problema feminino com o envelhecimento é a auto-aceitação, que se torna cada vez mais difícil com o passar dos anos e, quando a vontade de mudar é maior do que a de aceitar-se como é.

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